Crônica da 3ª Rodada
A terceira rodada do 2° Campeonato de Futebol dos
Funcionários da EPE proporcionou um cocktail de emoções para os que se
aventuraram nas decadentes entranhas do centro carioca.
A torcida lotou as arquibancadas norte da quadra do Colégio
Pedro II, fato que, em verdade, não deveria chamar a atenção pois, as torcidas
tem lotado, pacificamente, aquela quadra há três terças consecutivas.
O primeiro jogo da rodada foi o confronto entre os Carcarás
Radioativos x Superohms, seguido pelo decisivo jogo entre os Tropidurus x DPG,
agora reforçada pelos seus melhores jogadores. O fechamento da rodada ficou por
conta do, bom time, do Real Marreta x DGC. Poucos que ali estavam poderiam
esperar uma noite de tantas emoções.
No primeiro jogo os, muito debilitados pela radiação,
Carcarás entraram em campo no sacrifício. O departamento médico, isso mesmo
prezado leitor, o Dep. Médico, convocou alguns jogadores de chinelinho e em
reabilitação para que pudessem honrar o time e o campeonato. Os superohms
vieram com a sua, já tradicional, formação de vários jogadores e, tirando a
onda de colocar a sua grande contratação e esperança Thiago Rizzoto. Ainda no
aquecimento os Carcarás ficaram desfalcados de Hermes da, já incompleta, dupla
Hermes e Renato. Uma lesão muscular o fez ficar apreciando o jogo de lugar
privilegiado enquanto os Superohms enchiam as redes carcarenses de partículas
elétricas. O campo magnético atraiu a bola, por diversas vezes, para as redes
dos goleiros que se revezavam no gol numa, vã, tentativa de não se tornarem os
mais vazados do campeonato. Hermes caiu em quadra e ninguém se habilitou a
fazer massagem no jogador. Valentemente os Carcarás, munidos de uma energia
pseudoatômica, continuaram no jogo, com três jogadores na linha e, conforme o
tempo passava, com várias bolas na rede. Méritos à torcida STense que decidiu
por não torcer contra uma equipe que não poderia mais alçar grandes voos no
campeonato ou no jogo. Rizzoto marcou vários gols e os Superohms seguem
invictos, mas não isolados, na liderança do grupo II. Vale o registro de
valentia e honradez dos Carcarás. Parabéns para a mui valente equipe.
O segundo jogo tinha contornos de dramaticidade. Na reedição
da final do campeonato passado, a DPG jogava todas as suas cartas contra os,
tranquilos, Calangos Tropidurenses da SMA. Buscando a redenção da derrota em
seu jogo de estreia e contando com dois de seus melhores jogadores, eles
partiam para o tudo ou nada na manutenção de seu time no campeonato. A SMA
vinha com sua, possível, força máxima e com sua poderosa arma conhecida: A
Torcida Mais Bonita e Alegre do Brasil. Tal arma tem sido um diferencial e os
adversários tremem só de ouvirem falar dela. Esse jogo prometia ser um dos
melhores do campeonato face a rivalidade e qualidade dos jogadores. A defesa e
manutenção da honra eram outros elementos que davam à partida uma,
justificável, overdose extra e adicional de emoção.
O jogo foi corrido e tenso. Apesar disso, fora os agarrões e
bandas ofertadas pelo ChapelEULER Louco, o jogo foi pouco faltoso. Curiosamente,
o primeiro gol saiu de uma falta na entrada da área, maestralmente batida pelo
André, que viu o canto direito Alberti e ali colocou a bola. Agora a DPG teria
que partir para o tudo ou nada. Belas jogadas. Lances de gols e brilhantes
defesas eram exaltadas pela vibrante torcida dos Calangos. A marcação e entrega
dos partícipes fizeram dessa partida uma das mais tensas já vistas, até então,
naquela quadra. Ao final dos 10’, o juiz termina o tempo, com o placar parcial
de 1x0 para os Calangos.
O segundo tempo começou com algumas alterações de peso para
os petroleiros contra a tradicional formação Tropidurense. O jogo ainda estava
tenso e a, eterna promessa de rede balançando, Robgol fazia uma marcação
serrada o que desestabilizava a defesa. Ainda assim, os petroleiros levavam
perigo ao gol adversário, mas as poderosas garras, com ventosas, do goleiro
calango não davam rebote aos perigosos arremates da DPG. Em jogada bem tramada
os Tropidurus ampliaram o placar. Mais uma vez, dessa vez com o gol
completamente Alberti, arrematou para estufar as redes, outrora usadas pelos
petroleiros para capturar tartarugas, da DPG. Mas o jogo continuava duro e, em
uma bela trama do ataque PEDROusou um passe longo e Mata diminuiu o placa para
2x1 para os Tropidurus.
Os minutos finais foram de muita correria e marcação mas,
com o silvo final do juiz, os Tropidurus fizeram uma verdadeira operação lava a
jato para retirar da quadra e do passado todo petróleo que motivou o derramamento de
lágrimas dos ambientalistas. Com isso, os Tropidurus seguem invictos e a DPG
amarga uma eliminação na primeira fase do torneio. Resta esperar que os
DPGistas defendam sua honra, assim como fizeram os, épicos, Carcarás, em seu
último jogo.Triste fim para essa equipe, que ao que parece, sentiu muito o
desfalque de seu ex-principal jogador, ou o nobre leitor acha que EITor errado?
No terceiro jogo da rodada o time sensação, Real Marreta
(SEE) iria pegar a DGC do, bom goleiro, Ylan. Umas das gratas surpresas do
campeonato. O Real Marreta veio, nesta edição, com bons reforços, que se
aliaram ao explosivo Flávio Rosas e ao desvairado goleiro Arnaldo. A esses
soma-se uma torcida de respeito e bastante barulhenta. A DGC cumpria tabela,
também de forma responsável, e não tinha pretensões de passar à próxima fase. O
jogo começou quente e logo Thiago Chagas prometia dores ao time adversário
marcando, logo de cara, dois gols. O time da DGC não conseguia acompanhar a
velocidade de raciocínio e de passes e tomaram tantas outras marretadas da
equipe que, naquele momento, REALmente demonstrava melhor preparo e
organização. Uma duelo particular ocorria entre o, estruturalmente, avantajado
pivô da DGC e o leal Gustavo Naciff que, embora tenha tomado algumas braçadas
no nariz e na testa, não reclamou, pelo contrário bradava para a, orgulhosa,
esposa: - Jogo é jogado. Não sou de ficar de Sniff, sniff (putz, essa foi
péssima). Conforme o tempo passava as bolas estufavam as redes da Demais Gols
Contra que, embora cansados, continuavam por sua luta pelo placar. Na mesma
medida que Flávio ex-Rosas distribuía as jogadas e broncas para todos. Sobrou
até para a sua torcida, para os companheiros de time que marcavam gols, para os
sem teto de Guadalupe e para os cientistas da Nasa que não colocaram a sonda,
corretamente, na calda do cometa. Rosas que é bom, só no nome. Tanto a DGC
lutou que conseguiram marcar um, valente e valoroso, gol. Lá estava o Flávio
xingando, desta feita ao Joel Santana e à família Neves. O silvo final decretou
a primeira colocação para os Marretas. À DGC, fica a certeza de que uma equipe
guerreira, pode deixar o seu nome na história futebolística desse país.
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